sábado, 9 de outubro de 2010

As águas e o Dilúvio



Esta semana, depois das variadas festas, estudamos a Parashá Noach.
Depois da Criação, os homens perdem o contacto mais imediato com D''s, o Criador.
Mas, por que as águas foram o destino final daquela geração, que pela descrição da TORÁ era 'exclusivamente mau todos os dias'(Bereshit 6:5)?

Antes de colocar ordem na Sua Criação, as águas cobriam toda a estrutura universal. Sabemos disso pelo que diz o verso:
"E disse D''s: Haja expansão no meio das águas e que separe entre águas e águas! E fez D''s a expansão, e separou entre as águas debaixo da expansão e entre as águas de cima da expansão. E foi assim. E D''s chamou à expansão, céus. "
Bereshit 1:6-8a


As águas de cima, H'Shem as chamou de שָׁמָיִם (Shamaim). A palavra hebraica com a qual designamos céus é Shamaim.A que chamamos de água é Maim (מַּיִם).
Portanto, penso eu que realmente, quando H'Shem criou todas as coisas, as águas formam a primeira, aquela em que o contacto do CRIADOR, Bendito Seja, era real, como diz a passagem:

"E a inspiração de D''s movimenta-se sobre a face das águas"
Bereshit 1.2c


Bem, agora voltando no 'por que' de H'Shem ter destruído aquela geração num dilúvio.
Conta-nos o Midrash, que durante 10 gerações que deram povoação à terra, os homens idolatraram os astros celestes como se fossem 'deuses'. Sol, lua, estrelas, cometas.
Toda adoração a estes astros traziam cada vez mais insensibilidade e imoralidade aos habitantes da terra.
Foi então que H'Shem irou-se.

H'Shem, o verdadeiro Criador do universo, poderia ter castigado imediatamente os pecadores, mas não o fez. Aguardou, pois tinha esperança de que as pessoas se arrependessem de praticar a idolatria e servissem somente a um D'us único, reconhecendo Sua grandeza.
Porém, não foi o que aconteceu.

A geração em que Noach vivia era a mais baixa de todas: além de servir aos ídolos, seu comportamento imoral os rebaixou de tal modo que agiam como animais, e não como seres humanos criados à semelhança do Criador. Praticavam atos imorais, matavam e roubavam uns aos outros, não se importando com a vida nem com a propriedade alheia. Praticavam estes atos abertamente em público, pois não fazia diferença alguma, já que ao serem julgados em um Tribunal, o próprio juiz e testemunhas - por serem igualmente inescrupulosos - nem se davam ao trabalho de punir os culpados. O mais forte inibia o mais fraco, e este o mais fraco que ele, e assim em cadeias. Não havia ética alguma, desde o mais poderoso até o mais ínfimo ser-humano. Eram todos destituídos de um nível espiritual elevado.

H'Shem, então, se revela a um único Tsadiq (justo), um homem que era reto e temente ao Criador, que havia encontrado em sua descêndencia Adâmica o valor do Ciador:Noach.
Após longa detalhação de como faria para salvara a si e sua família através de uma Arca (Tevá), e sua contrução, que durou aproximadamente 120 anos (não me detalharei nisso), H'Shem envia então o Mabul, Diluvio.
Agora vem aquilo que gostaria de explicar. Por que com águas?
Uma das respostas é explicada através da seguinte parábola:

O midrash continua contando:

O rei e as pessoas mudas

"O rei estava de bom humor. Anunciou a seu ministro:

"Desejo alegrar algumas pessoas desafortunadas. Convide ao meu palácio um grupo de pessoas pobres e mudas. Trate-as generosamente! Dê-lhes comida requintada e vista-as lindamente."

O grupo de pessoas mudas foi convidado e todos passaram um tempo muito agradável. Jamais sonharam haver no mundo coisas tão prazerosas. Sua gratidão para com o rei não tinha limites. As infelizes criaturas não podiam falar, mas quando o rei passava, todos se levantavam e se curvavam, acenando com as mãos e mostravam a ele, na linguagem dos sinais, o quanto apreciavam o que estava fazendo por elas. Todas as manhãs, ao se levantarem, louvavam o rei na linguagem dos sinais.

O rei estava satisfeito por eles o honrarem deste modo. Estava tão contente que chamou o ministro e deu-lhe algumas instruções:

"Este grupo de pessoas mudas desfrutou de uma longa e agradável estadia em meu palácio. Despeça-os agora e convide em seu lugar um grupo de mendigos que falem. Eles louvarão meus atos nobres com palavras e não apenas com gestos e sentir-me-ei ainda mais honrado."

Então, um grupo de pessoas pobres e falantes foi convidado ao palácio e tratado com deleites que nunca haviam experimentado. Os mendigos estavam tão ocupados em divertir-se que esqueceram do rei a quem deviam sua boa sorte. Nenhum deles pronunciou uma palavra sequer de agradecimento e, quando o rei passava por eles, ignoravam-no completamente. Logo, os mendigos esperavam suas comodidades com naturalidade e exigiam prazeres como se lhes coubesse por direito. Certo dia, decidiram se apoderar do palácio e depor o rei. Enfurecido, este chamou o ministro:

"Expulse estes mendigos de meu palácio," ordenou ele. "Faria melhor convidando novamente os mudos; eles não podiam expressar sua gratidão com palavras, mas me honravam da melhor maneira possível. Estas pessoas falantes, porém, que poderiam me trazer tanta glória com o poder da fala, revoltam-se contra mim!"

A ordem do rei foi cumprida."

A chave para a parábola

Quando H'Shem criou o mundo, encheu-o com água. A água não podia louvá-Lo com palavras, mas fazia rolar suas ondas ruidosamente em alto e bom som, proclamando: "Como H'Shem é poderoso!"

H'Shem então disse:

"Se até a água canta Meus louvores, imagine o que farão os seres humanos que podem pensar e falar!"

Então o Criador removeu a água para os oceanos. Na terra seca, criou seres humanos dotados de inteligência. Porém, ao invés de louvar ao CRIADOR, revoltaram-se contra Ele, cometendo pecados. Ao invés de usar o cérebro e o poder da fala para objetivos positivos, tramavam atos maus, difamaram, insultaram e injustiçaram-se uns aos outros. Todas as gerações depois de Adam foram igualmente perversas. D'us observou seus atos tornarem-se cada vez piores e disse:

"Vou livrar-Me desta gente e trazer de volta a água que estava na terra no início da Criação. A água não pode pensar e nem falar, mas louva-Me, enquanto que as pessoas Me enfurecem com seus atos vis!"

Por esta razão, D'us trouxe o dilúvio à Terra, eliminando os perversos.



Águas, sinal de Renovação

Somente as águas podem trazer de volta a intimidade com H'Shem. A Tradição Judaica, deste tempo muito remoto sabe disso, que são as águas que revigoram nossa alma com o Todo-Poderoso. Através de um banho ritual, num Micvê apropriado, restauramos esta ligação.

Um camelo pode ficar dias sem beber águas, no entanto, quando toma novamente pode ingerir até 140 litros de água em 10 minutos. Quando vemos um camelo com as corcóvas baixas, tipo magras, é porque está desidratado, porém quando 'mata' sua sede, elas se revigoram, e ficam cheias novemente.

Assim, as águas revigoram tudo, porque necessitamos dela, tanto físico, como espiritual.

Pelo Mabul, a terra foi revigorada, e através de Noach a nova humanidade estava prestes a receber uma aliança. Creio eu, que H'Shem não quiz ,simplesmente, de forma aleatória destruir o mundo, e sim revigorá-lo, porque daquele dia em que Noach desceu da Tevá, o mundo foi outro. Haveria leis que conduziriam seus servos, o que depois culminou com o chamado de Abraham Avinu.

Estas leis são as chamadas SETE LEIS DOS FILHOS DE NOACH.
Breve falarei disso.

O que fica agora é isso: As águas são regeneradoras em todos os tempos. H'Shem disse:

"Não tornarei a ferir todo [ser]vivo como fiz [no Mabul, com águas]"
Bereshit 8:21c

Se no Mabul, os humanos, através de Noach tiveram uma renovação (a aliança Noética), os judeus tem sempre consigo seu 'pequeno mabul', chamado de MICVÊ.


Usar as águas como fonte renovadora é um CONCEITO JUDAICO



2 de Cheshvan de 5771 da Criação!

sábado, 21 de agosto de 2010

Pirke Avot פרקי אבות

פרקי אבות, literalmente, Capítulos de Avot. Avot, é o nome dado a uma seção do Talmud, dentro do tratado de Mishná, o grande compêndio e Sabedoria Judaica.

Bem, mas e o que é a Mishná?
É um clássico da literatura rabínica, crença fundamental do judaísmo histórico, que a TORÁ nos foi dada no Sinai. Moshê a recebeu de H'Shem, o Todo-Poderoso, ensinou a sua mensagem e a entregou a nós, seu povo.
A TORÁ é constituída de duas partes primordiais: A 1ª delas, o CHUMASH (5 livros de Moshê), chamada de TORÁ SHEBICHTAV, a Torá escrita. A 2ª é chamada de TORÁ SHEBEALPÊ, a Torá oral.
A TORÁ SHEBEALPÊ não deveria ser escrita; era ensinada oralmente, como complemento da Torá escrita.

Moshê ensinou o sagrado Livro da TORÁ, acompanhado por suas interpretações, a seu discípulo Yehoshua (Josué). Este ensinou-a aos Anciãos e eles, por sua vez, ensinaram-na a outros. Tudo que era transmitido oralmente, deveria ser repetido e repassado muitas vezes, assugurando-se que assim nada seria esquecido. Esta prática recebeu o nome de MISHNÁ, palavra que significa um conjunto de ENSINAMENTOS e INSTRUÇÕES.

A MISHNÁ tornou-se a Tradição Oral, transmitida pelos mestres aos alunos, de geração em geração. Desde o início era proibido compilar por escrito qualquer parte desta Tradição Oral, por 2 motivos.
1º, para que mestres e alunos se empenhassem a fundo, sempre por muitas horas, de modo a assegurar que tudo fosse perfeitamente lembrado e minusciosamente compreendido. Estes ensinamentos somente existiriam na mente , na memória, no entendimento dos sábios e dos eruditos.
2º, temia-se que, se a TORÁ Oral viesse a ser transcrita, as pessoas passariam a pensar nela como parte integrante da TORÁ SHEBICHTAV e começariam a tratá-la como tal. Isso produziria uma grave distorção, já que ambas são de natureza a caráter completamente diferentes, e desta maneira devem ser encaradas dentro da normas do Judaísmo.

Porém, há cerca de 1700 anos atrás, Rabi Yehudá HaNassi (o Príncipe), Superior do Bet Din, o Tribunal Máximo Judeu, e chefe do Povo de Israel, verificou que era grande a turbulência vividas na época, e com isso não era mais adequado aos professores e alunos estudar e memorizar a grande Tradição Oral. Antes que fosse completamente esquecida, RAbi Yehudá decidiu, junto com os Anciãos transcrevê-la. Assim nasceu a MISHNÁ, e esta é estuda até hoje.
Esta 'violação' do que os Mestres diziam não poder ela ser transcrita foi apoiada por um versículo(Salmo 119:126), e com isso melhor escrevê-la que "permitir que a TORÁ fosse esquecida pelo povo de Israel"
As gerações posteriores ao rabi Yehudá discutiram o conteúdo da MISHNÁ, e estes comentários e interpretações deram origem à GUEMARÁ. Ambas as obras, MISHNÁ e GUEMARÁ, formam o TALMUD.


Bem, a MSHNÁ está dividida em 6 seções. A 4ª seção, chamada de Nezikin, é a que inclui o tratado AVOT, sobre valores éticos e conduta moral.
O nome AVOT, significa, literalmente, PAIS. Escutar os 'pais', implicita aceitar os ensinamentos mais tradicionais transmitidos pelos sábios de mente para mente, de coração a coração, desde o Sinai.
Assim, este tratado moral nos tráz a essência dos ensinamentos éticos de vários mestres judeus. Uma continuidade entre mestres e discípulos, que tornando-se mestres continuam a ensina numa cadeia interminável.
Assim, a cada passo, aprenderemos mais sobre a clareza da TORÁ Oral, em comparação com a TORÁ escrita.

Pirkê Avot, ou Capítulos dos Pais, nos dará um oportunidade de voltar às práticas antigas de conhecimnto vivencial, e não apenas dentro de 4 paredes duma sinagoga, ou casa de estudos.

Em próximos Temas, trataremos desta obra milenar, com a s palavras dos maiores ensinadores do povo judeus, os Sábios.

Shalom Alekhem u'Shabua tob!
12 de Elul de 5770, da Criação

sábado, 14 de agosto de 2010

O Pecado no Éden

Esta é uma das questões que mais embaraço encontra uma pessoa não-religiosa, e que uma pessoa religiosa se esforça em não entrar no rol: O PECADO ORIGINAL
Bem, o texto mais mau-entendido para se iniciar uma suposta 'doutrina do pecado original', o qual supõe que todo ser humano, nascido depois de Adam e Chavá (Adão e Eva), tem este, digamos, selo, em sua alma, em seu ser. Mas, seria isso uma verdade, um CONCEITO JUDAICO?

Esta doutrina do pecado original ensina que, pelo fato de Adam e Eva terem pecado no Jardim do Éden, estes trouxeram a morte a todos os seus descendentes. Segundo este ensinamento, todos os humanos morrem porque Adão pecou ao comer de um fruto que H'Shem os havia proibido de comer. Segundo um livro profano, porque Adão comeu de tal fruto, a morte entrou no mundo. Com este pecado, todo homem deve pagar com a morte, algo INCONCEBÍVEL dentro da TORÁ e de toda a estrutura judaica.

"E ordenou o ETERNO D''s ao homem, dizendo: 'De toda árvore do jardim podes comer.
E da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerá dela; pois no dia em que comeres dela, morrerás".
Bereshit 2.16,17


H'Shem deu uma ordem, dizendo que não se comesse daquele fruto. Analisando inicialmente estes passukim (versos), há uma declaração: "De toda árvore do jardim podes comer". Havia autoridade do homem comer daquele fruto sim, porém não naquele momento, pois em seguida H'Shem dá outra ordem: "E da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerá dela". Que isso significa? Que D''s não queria que seus filhos tivessem conhecimento daquilo que ELE tinha em mente? Mas, antes, ELE, disse que, SIM, poderia comer de todas as árvores. Seguindo este elemento, H'Shem daria a comer também da Ets haDaat Tov vaRá, a Árvore do Saber do Bem e do Mal. Porém, não naquele momento, pois "E da árvore do conhecimento do bem e do mal, não comerá dela". Bem, aconteceu que Eva, seduzida pela sua própria vontade, e astúcia de uma serpente falante se deixou a esquecer da ordem do Superior, e acabou cedendo:

"E viu a mulher que boa era a árvore para comer e que desejável era para os olhos e cobiçável a árvore para entender, e tomou do seu fruto e comeu; e deu também a seu esposo, com ela, e ele comeu."
Bereshit 3.6

A mulher, impelida pela sua livre arbitrariedade, ou seja, pela sua livre decisão de fazer ou não, resolveu que podia comer, mesmo sem a permissão, anteriormente, ordenada. Quem recebeu tal mandato foi o Ish (Homem), quando, antes da criação dela, ouviu com bons ouvidos (Bereshit 2.16). Comendo, e dando ao seu esposo, teve algo que ainda não havia 'lutado' por obter: O CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL, contidos dentro deste fruto. Criados com a liberdade de escolhas, poderiam ter continuado por mais tempo sem desobedecer. Eles não eram seres autômatos, como os anjos, mas seres que podiam decidir, sem conhecimento de causa, mas poderiam decidir. H'Shem, como prova de observância, lhes proibiu que comessem tal árvore. Poderiam ter se saído bem, mas...

Bem, comeram e o fato estava consumado. Uma árvore madura, em que não precisaram 'suar' para que houvesse ali frutos. Comparemos a uma criança recebe de seus pais a comida excelente, sem precisar trabalhar para se sustentar. Assim, H'Shem separou no Éden um jardim. Este era composto de tudo de bom para sua maior criação: o HOMEM. Poderiam comer de tudo menos de uma. Esta era a única observância. Mas, comeram.
Com isso, houve a primeira transgressão, o primeiro pecado, e foram ( de certa forma dura) expulsos daquele paraíso aqui na Terra.



Agora entramos no caso do Tema desta semana: PECADO ORIGINAL É CONCEITO JUDAICO?
A grande maioria dos religiosos afirmam que o ser humano morre porque Adam pecou no jardim do Éden, e isso foi 'herdado' pelos seus descendentes. Seria isso VERDADE??
O homem foi formado nesta terra para que cuidasse dos bens que H'Shem criou.
Como explicado em outro Tema aqui neste blog (http://conceitosjudaicos.blogspot.com/2010/07/o-homem-e-imortal.html), o homem foi feito MORTAL. Nunca houve imortalidade em sua formação terrena.
Adam, 'nasceu', para um dia morrer ou não. Isso dependeria. MAs que era mortal em sua carne é inegável.

A TORÁ ensina que o homem comeu do fruto consciente do que lhe ocorreria. A morte indicada pela palavra de D''s foi muito bem entendida. Quando ele recebeu a exclusão do jardim do Éden, ali acabou sua existência eterna que seria advinda do comer da Árvore da Vida. Estava fadado a morrer. Foi pela atitude de comer a árvore que ele foi expulso? Não, mas por outra coisa pior que poderia acontecer: comer da Árvore da Vida. Foi por este motivo que ele foi expulso do 'Paraíso'. H'Shem os expulsou para que não se tornassem imortais. Contudo, não levaram em sua gene a 'semente' do pecado, como insinua o dito livro profano. Mais adiante, em Bereshit 4, vemos claramente o ensinamento da TORÁ, de que o homem não nasce com pecado algum. O relato da morte de Hável (Abel) por seu irmão Cain, mostra esta atitude humana, e seu interior:

"E irou-se Cain, muito, e descaiu-lhe o semblante. E disse o ETERNO a Cain: 'Por que te iraste e por que descaiu o teu semblante? Porventura se podes bem suportar (ser-te-ás perdoado), e se não, na porta jaz o pecado; e a ti (fazer-te pecar), é o seu desejo (do mal impulso), mas tu podes dominá-lo"
Bereshit 4. 5b-7


A TORÁ é precisa em detalhes: 1º Cain IROU-SE, 2º irou-se MUITO, 3º ficou sem controle e DESCAIU O SEMBLANTE.
Deste detalhe, nada sugere uma ação de fora para dentro, muito pelo contrário. Cain mostra toda sua fúria, e isso vem de dentro (irou-se) para fora (descaiu o semblante). Que havia dentro dele? Este passuk nos remete ao fato anterior, daquilo que podemos chamar de 'cair em pecado', ou seja, quando ele assassina seu irmão(Bereshit 4.8)

Em seguida à concepção da ira interior, de total responsabilidade de Cain, H'Shem continua a persuadí-lo a que DOMINE seu instinto.
"Porventura se podes bem suportar (ser-te-ás perdoado), e se não, na porta jaz o pecado; e a ti (fazer-te pecar), é o seu desejo (do mal impulso), mas tu podes dominá-lo"

Nesta porção da palavra de H'Shem a Cain, vemos que a tentativa de ceder o perdão, pelo pensamento, ou seja, o impulso do coração de Cain, para o mal, antes que ele viesse a se concretizar. Por que seria perdoado, se não tivesse ainda feito tal delito? Porque todo ato, se inicia antes de tudo dentro de nós. Quando Eva foi comer da árvore, ele teve dentro de si este desejo. A serpente foi um desvio de conduta, que aprovou aquilo que ela queria.

Porventura se podes bem suportar (ser-te-ás perdoado)
Se o homem conseguir bem suportar a sua ânsia pela maldade que instiga, certamente será perdoado pelo Criador. Mas, por que H'Shem perdoaria a Cain, sendo que o mal seria feito a seu irmão? Pelo fato da não consumação, porém assim mesmo, Cain teria como que por obrigação pedir perdão pela 'arquitetura de morte' ao seu irmão, sendo assim reconciliado. A TORÁ ensina que aquele que aquele que comete uma transgressão deve pagar sua pena. Sendo assim, Cain, e somente ele deveria pagar pelo pecado que cometeria adiante. Aliás, aqui está pela primeira vez a palavra pecado, e saindo da Boca de H'Shem.

e se não, na porta jaz o pecado
Vejam que o pecado está próximo de ser materializado, pelo pensamento do homem. Ele está ali, bem perto.
Havel, recebe o convite. A intenção de Cain, de tirar-lhe a vida, está para se apresentar em forma de uma fúria destrutiva, tanto da vida do Tzadiq Havel, como de uma posteridade inteira, de Cain. Se ele pudesse só mais um pouco suportar esta ira, estaria perdoado por H'Shem (pois não houve consumação), mas se não, o pecado que estava em seu interior seria materializado em forma de morte. Não que se ele estivesse no Éden estaria fora de perigo. Ele, como seus pais tinham livre-arbítrio, então, poderia ter decidido matar seu irmão mesmo estando lá dentro. A TORÁ não menciona qual a situação do rancor e inveja. Apenas que a situação chegou ao limite quando ambos ofertaram suas dádivas a H'Shem. Nem nos conta qual foi a conversa deles no campo.

e a ti (fazer-te pecar), é o seu desejo (do mal impulso)
Aqui, mais uma vez percebemos que não há ação exterior alguma. A concepção de matar o seu irmão estava ganhando uma dimensão fora de controle. Cain não havia nascido com pecados, porém estava desejando um, pois a TORÁ declara veementemente e a ti (fazer-te pecar), é o seu desejo. O desejo pelo pecado. O desejo por fazer o que é mal. Isso está declarado. Não há figuras mitológicas agindo em volta de Cain. Ele, após atos de extrema fixação nervosa parte para a finalização de seu desejo,

mas tu podes dominá-lo
H'Shem diz que ele pode sim, dominar este impulso para o mal. O pecado que está defronte pode ser desviado, e assim acabar por se destruir este mal pensamento. O auto domínio do ser humano é eficaz para que se obtenha vitória sobre o instinto próprio de uma 'defesa' através da fraqueza psicológica. Ao admitir que poderia causar mal ao seu irmão, coisa que jamais veio junto de seu espírito ao nascer, Cain tem também a alternativa de suportar e dominar a reação transgressiva da vida de outrém. Antes de descer à cova, na morte, o homem tem a oportunidade de controlar, e dominar seu instinto do mal. Quando a TORÁ descreve 'o pecado jaz a porta', é como se a cada passo que damos, há chances de sucumbir a esta estrutura criada dentro de nós mesmo.

Dentro do Judaísmo chamamos isso de Ietzer haRá, Inclinação ao Mal. O oposto é Ietzer haTóv, Inclinação ao Bem.
Assim, cremos que nada fora do homem pode agir para que ele seja bom ou mau, a não ser o meio ambiente e as coisas por ele mesmo interpretadas. Não é uma luta dentro de nós, e muito menos uma batalha travada entre o Bem (D''s) e o Mal (diabo). São, isso sim, tendências que podem ou não vir a ser concluídas.



"E disse Cain a Havel, seu irmão, e sucedeu que, estando eles no campo, levantou-se Cain contra Havel, seu irmão, e o matou."
Bereshit 4.8
Com esta passagem, tivemos em conta o primeiro assassinato humano. Cain disse algo a Havel, e nisso houve uma discussão, e como estavam em local afastado, no campo, Cain se mostrou tão violento, que lutando contra seu irmão, o matou. A TORÁ, num único versículo, falando apenas de duas pessoas, faz questão de mencionar duas vezes que Havel era (de Cain) seu irmão. Isso nos mostra que um ato desumano sempre será contra duas pessoas distintas: contra o homem, criatura feita para que dominasse a terra e as outras criaturas inferiores, e contra H'Shem, o Criador e doador de vidas. Ora, sabemos que Havel era seu irmão, porém para destacar a crueldade do instinto ao mal do homem, ela destaca bem aparente que ele era SEU IRMÃO.


Que há de original nos dois primeiros atos de transgressão?

O homem pecou no jardim do Éden. O homem pecou fora dele. Havia sempre dentro do homem, em sua essência, o gosto pela liberdade. Sendo único responsável por seus atos, ele resolve que deve tomar suas próprias decisões. Come quando não era para comer. Mata quando não era para deixar o pecado se revelar.
Quando come, ele se torna conhecedor. Quando peca, se torna um arrependido. Como toda criação de H'Shem, o homem é bom. Ele tem estas tendências, porém é bom (Bereshit 1.31). Se o homem se arrepende de seus atos contrários à Sabedoria da TORÁ ele será recebido de braços abertos (Ezequiel 18). Se puder suportar, será perdoado.
O homem não nasce pecador, e a doutrina de pecado original é uma ofensa ao espírito da Criação. O homem não herda pecado algum de Adam, nem a morte é por causa de Adam. Poderia sim, se Adam não tivesse desobedecido, que fôssemos imortais, mas, como ele não cumpriu a única mitzvá que lhe foi dada, apenas continuou aquilo que já era: mortal. Não podemos reclamar por algo extra que poderíamos ter nas mãos.
O profeta I'shayahu nos mostra com simplicidade que uma criança não sabe discernir nada. Ela não herda pecado original algum (Is 7.16).

Temos em nossa vida duas escolhas: o Bem e o Mal. Ninguém, senão nós mesmos pode decidir. Ou se faz o Bem, o qual a TORÁ é a dádiva, ou se faz o Mal, ignorando a mesma TORÁ.

A Escritura do tanakh diz:" A Alma que pecar, esta morrerá."(Ez 18).
Não diz: a Alma que nasce pecadora e pecar, esta morrerá.

Portanto, o ensinamento dum livro profano que diz que por um homem (Adam) o pecado entrou no mundo, e com isso todos herdam este pecado e por isso pecam e morrem por causa do pecado de Adam, é MENTIRA. Não é conceito dentro da TORÁ.
PECADO ORIGINAL NÃO É CONCEITO JUDAICO.

Shalom Alekhem!
5 de Elul do ano 5770 da Criação


sábado, 31 de julho de 2010

Samuel apareceu ao Rei Shaul, SIM.

Muito se tem falado nas religiões que usam o Tanakh (velho testamento entre eles) de que um dos textos que podem dar sustância à 'doutina de demônios' é Shemuel alef 28 (1ª Samuel).
Porém, como já temos visto por aqui mesmo, não há evidência alguma que possa dar este crédito aos ensinos neo-testamentários.



" ELOHIM Rayti Alim mim haaretz"

PODEROSOS vem subindo da terra"

Esta é a palavra que a mulher necromante fala ao rei, quando vê algo 'estranho'.

Nada em hipótese alguma se referindo a 'anjos decaídos', ou alguma forma espiritual demoníaca.
Sabemos, e já estamos cansados de saber, que ELOHIM significa "poderes, forças, autoridades,
aquele que detêm estes ELOHIM, PODERES.

Anjos são chamados de Elohim, assim como os juízes de Israel o são.

Ela também não se refere a um 'deus', mas vê realmente que um poder alheio ao seu conhecimento vem a ela. Uma pessoa que está 'acostumada' a evocar 'diabos, demônios', de forma alguma se espantaria em ver aquilo que todos os dias 'chama' ao seu convívio natural, pela sua profissão.

Logo, tanto Shaul ouve a vós de Shemuel, como a mulher vê ao mesmo profeta, morto a muitos dias. É Shemuel realmente que aparece, e não um demônio, aliás o único que defende tal tese é o cristianismo e suas religiões adjacentes.


Como entender?
Nosso entendimento de que é realmente Samuel, se inicia antes.

Por que o Eterno, em sua TORÁ nos proíbe evocar mortos? Será que há proibição a coisas que não existem?

Vejamos que nos diz:
"Não se achará entre ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo (esh), nem agoureiros (qossem qessamim), nem prognosticadores (onen), nem adivinho (nachesh), nem feiticeiro (kashf), nem encantador de animais (chober chaber), nem necromante (ov)ou Ydeonita (Ydeoni), nem quem consulte os mortos (dor'sh el ha motim)...Quanto tu fores à terra que o Eterno, teu Elohim te dá, não aprenderás a fazer segundo as abominações daquelas nações...porque é abominável.."

Devarim 18:10.11.9.12


Todas estas práticas eram provenientes das nações que estariam de frente com Israel, abomináveis ao Criador, porém PRATICADAS.
H'Shem, então, em suas instruções a Moshê para o povo Israelita, destaca esta erradicação, e sua conseqüente extinção de Erets Israel. E realmente vemos que foram extirpadas, quando Shemuel alef (1ª Samuel) relata:

"E Shemuel morreu, e todo Israel havia pranteado-o, e sepultado-o em Ramá, na sua cidade, e Shaul havia expulso as necromantes e os ideonitas da terra." Shemuel alef 28:3

Ora, não havia porque se relatar isso, de que Shaul expulsara os necromantes, sem a real relação deles com o que aconteceria ali, mais à frente: A EVOCAÇÃO DO MORTO SHEMUEL.

"E Shaul disse aos seus servos: buscai-me uma necromante , para que eu vá e
a consulte...'eis que há uma necromante em En-Dor..." 1 Sh 28:7.


Mas, como Shaul pede que seus servos encontrem uma necromante? Parece que Shaul tinha conhecimento de que poderia se consultar os mortos de alguma forma, ainda que fosse contra as instruções de H'Shem. Estava em desespero, com certeza, pois como já sabemos nada mais vinha de H'Shem, para saber como agir. Nem Urim, nem profetas, nem sonhos, nada. Isso o motivou a se rebelar contra Aquele a Quem ele procurava, a se rebelar contra a TORÁ. Ele parte para usar o que é proibido. Se há proibição, há também a matéria a que se proíbe, ou se exerce esta proibição. Se é proibido consultar mortos, é porque mortos podem aparecer. Logicamente há uma punição, e esta é a morte, o que realmente aconteceu. Morreu pela transgressão de evocar mortos, não de evocar demônios (se bem que antes fizera outras transgressões).

Bem, vamos entrar em toda história relatada acerca deste 'mistério':


" Shaul se disfarçou, e vestindo outras roupas, foi junto com dois outros homens, e vieram à mulher de noite, e disse: Rogo-te que me adivinhes pela necromancia e me faças subir aquele que eu te disser." 1Sh 28:8
O disfarce, como se pudesse esconder-se do Criador, e vai à noite, sinal óbvio de um pecado a se revelar. Disfarçado, e às escuras, logo não foi reconhecido pela necromante, que disse:

"Tu bem sabes o que Shaul fez, e como exterminou da terra os necromantes e ideonim, por que então me armas um laço à minha vida, para causar minha morte?" 1Sh 28:9
Ela estava 'inativa', e custa a atender o pedido do 'cliente', que está pulsante de medo e de angústia. Na realidade, ela se escondia, para não ser acabada, como prevê a TORÁ. Talvez há algum tempo não fazia suas previsões, não sabemos. No entanto, Shaul jura pelo NOME, que nada aconteceria a ela, que então indaga:

"A quem farei subir (Alah) para ti?, e ele disse: Faze subir a mim (Alay)Shemuel".1Sh 28:11
Notemos que o uso do verbo Aliah (subir), é usado tanto pela NECROMANTE como pelo Rei.
Mas, subir de onde? É aqui que entra o suposto pensamento de que serIa um demônio (subir do inferno cristão). Mas, como sabemos, o sheól se encontra num nível (ao ser humano) abaixo da realidade. Quando alguém morre, ele desce ao Sheól, o local espiritual onde se encontra os mortos.
Então, tanto ele quanto ela tem a mesma disposição: fazer subir do sono da morte a Shemuel.

Porém, antes que qualquer movimento da parte da necromante possa ser feito em relação a evocar o falecido profeta, ele aparece, como num repente:


"A quem farei subir para ti?, e ele disse: Faze subir a mim Shemuel. E a mulher viu a Shemuel, e gritou em voz alta, e falou a Shaul e disse: 'Por que me enganaste? Tu és Shaul!"1Sh 28:11.12

Somente o Rei lhe dissera o nome da pessoa, Samuel aparece, sem que a necromante o evoque. Um claro sinal de que o Eterno proveu esta aparição, não pela necromante, mas pela Ietser hará (inclinação ao mal) do próprio rei Shaul, que teve no âmago de seu ser a vontade de transgredir uma mitsvá (disfarçado e de noite), indo fundo em seu plano irracional de obter vitória sobre os filistim. A mulher nota esta aparição apavorante, pois não mexera os lábios, ou feito ritualística alguma e aparece o ser, um homem conhecido de todos: o Profeta Samuel.

Nada de demônios, mesmo porque a Tanakh é clara:"E a mulher viu a Shemuel..". Não nos diz: ' e a mulher viu a um demônio disfarçado de Shemuel', como nos relata que o Rei Shaul, este sim, foi disfarçado.
Ela viu e gritou, pois naquele momento que reconheceu a Shemuel, viu também que aquele desprezado do Eterno estava ali, junto dela, e se apavorou, pela sua vida. Ela gritou, pois jamais imaginaria que o homem que desterrara todos os adivinhadores lhe pediria para evocar o maior Juiz que Israel já teve.

"E o rei lhe disse: 'Não temas. Mas o que viste?' e a mulher disse a Shaul:' Poderosos vem subindo da terra'. E ele lhe disse:'Qual a sua aparência?' e ela disse:' Está subindo um homem velho (ancião), envolto num manto', e Shaul soube que era Shemuel, e inclinou com o rosto em terra e prostou-se." 1Sh 28:13.14
O rei a adverte que não temas, pois sua razão de estar ali era maior que a de cumprir a TORÁ (eliminando ela). Ela nitidamente fala que vê PODEROSOS subindo, e depois que UM HOMEM VELHO vem subindo. Ora, num primeiro momento ela vê subindo PODEROSOS, leia-se aqui ELOHIM, depois ela vê subindo um HOMEM VELHO, leia-se aqui ISH ZAQEN, o que a este momento de relato o rei soube que era Samuel. Somente quando ela relata que era um Ish Zaqen, Homem Velho, Ancião, o rei soube ou entendeu que Shemuel estava subindo. Quando ela relata que ELOHIM ALYIM (Poderosos subindo) no verso 13, Shaul nada comenta, mas quando fala no verso 14 do Homem Velho, ele entende ser o Profeta, ao qual ele queria. Mais uma vez coloco: ELA NÃO O CHAMOU, ELA NÃO O EVOCOU.
Mas, quem são os ELOHIM ALYIM, os poderosos que subiam? Certamente não eram homens comuns, pois ao profeta ela chama de ISH, homem. Muitos defendem ser espíritos familiares, demônios, porém sabemos que anjos (Malakhim) são chamados de Elohim nas Escrituras, mas não vemos uma única vez demônios (será que existem desta forma cristã?) serem assim chamados. Deuses de outras nações, aqueles que não falam e são obras de artífices são assim chamados, mas ainda não ví 'demônios' o serem. Satan, o Malakh do Eterno, MENSAGEIRO da ira, anjo da morte, catástrofes (que não é demônio algum) é elohim, assim como Mikhael, o Malakh do Eterno e príncipe de Israel, também é elohim.
Bem, continuando:

"E Shemuel disse a Shaul: 'Por que me inquietaste, fazendo-me subir?' E
Shaul disse: 'Estou muito angustiado porque os filistim estão fazendo guerra contra mim, e D’’s se desviou de mim, e não me respondeu mais, nem pelos profetas nem por sonhos. Por isso te chamei, para me fazer saber o que devo fazer'. E Shemuel disse: 'Por que me perguntas? H'Shem Se desviou de ti e Se tornou teu inimigo, e H'Shem te fez conforme falou através de mim, pois H'Shem rasgou o reino de tua mão e o deu a teu próximo, a Dauid, portanto não destes ouvidos à voz de H'Shem e não executaste o furor de Sua ira contra Amalekh, por isso H'Shem te fez assim hoje. E H'Shem entregará também a Israel contigo na mão dos Filistim,e amanhã tu e teus filhos estarão comigo, também o acampamento de Israel H'Shem entregará na mão dos Filistim."1Sh 28:16:19

1º Shemuel foi inquietado, acordado do sono da morte, por Shaul. O que apareceu ao rei foi realmente um 'fantasma', lógico, pois o corpo de Samuel estava em decomposição. O Aspecto corpóreo que Shaul poderia reconhecer apareceu como um fantasma, ou espírito;

Shaul estava angustiado pela derrota certa, pela falta de H'Shem;

Ele evocou ao profeta por este motivo (a guerra);

Não precisava ele evocar a Samuel, pois tudo que caberia a ele já estava anunciado, inclusive a perca do trono, pois H'Shem havia feito como dissera a ele através de Shemuel;

Estaria ele e seus filhos com Samuel, no dia seguinte, ou seja: Onde estava Samuel? Morto, no Sheól. Assim estaria Shaul e seus filhos;

Israel seria entregue a Filistia, seria derrotado.


Em momento algum, as Escrituras mencionam que era um demônio disfarçado. Sempre estão a relatar que é Samuel, e o fazem 2 vezes, quando trazem em hebraico VAIOMER SHEMUEL: (E DISSE SAMUEL:).
Seu nome como prova de que é sua pessoa que aparece é falado 5 vezes, desde que sobe do Sheól.
A mulher o vê.
Shaul, pela descrição soube que era ele,
e no verso 20 a própria Tanakh 'bate o martelo', dizendo:

"Imediatamente Shaul caiu estendido na terra, e estava com muito medo
por causa das palavras de Shemuel, e também não havia nele força, pois não tinha comido nada durante todo o dia e a noite" 1Sh 28:20
Estava com medo por causa das palavras de Shemuel. De Shemuel, não de demônios.

Amigos, se não fosse possível evocar mortos, o Eterno, Bendito seja Ele, não nos daria tal preceito. As nações ao redor faziam isso, se obtinham sucesso, eu particularmente não sei. Porém Ele proibiu, e toda proibição acarreta em penas, se não obedecida.
Outra, se ele fala de morto, é de uma pessoa, e não vi até hoje a Tora dizer que morto é demônio. Ou que seja proibido evocar mortos porque aparecem demônios.
É uma falsa teoria, que está enganando muitos, e fazendo de um grande Servo de H'Shem, Shemuel, um 'demônio'.

Shemuel foi inquietado, foi acordado do sono da morte, mas sabemos que somente o PAI, pode despertar alguém, logo a ietser hará de Shaul foi atendida, para desgosto e morte da casta do rei. H'Shem não transgrediu seu mandamento. Mas, assim como Yob foi ferido em sua família, e em sua saúde por haSatan, Shaul também foi ferido por Vontade Elohut (divina).

Infelizmente a desautorização religiosa po~e nos pensamentos de milhares de pessoas uma falsa teoria, que é acreditada profundamente. Mesmo a descriçã ser tão perfeita, insistem em dar outro rumo à aparição. Dizem que ra um espírito de engano, um demônio, mas não há nada relatado quanto a isso.

Devarim 18:11.12.14 (Deut)
"...nem encantador de animais (chober chaber), nem necromante (ov) ou Ydeonita (Ydeoni), nem quem consulte os mortos (dor'sh el hamotim), porque é abominável à HASHEM todo aquele que faz estas coisas, e por causa destas abominações,HASHEM, teu Poderoso,os desterra de diante de ti... Porque estas nações (hagoyim) que hás de herdar ouvem os prognosticadores e os agoureiros; mas quanto a ti, HASHEM, teu Poderoso, não te permitiu tal coisa"

O denominador comum de todas estas práticas era a tentativa de previsão do futuro, ou mesmo de saber o que estava oculto, e somente o maior dos elohim, PODEROSOS, poderia saber: HASHEM.

Os encantadores estavam por todo Egito, assim como os Yideonita (muitas vezes traduzido como mágicos), que usavam um osso de animal chamado de Yedúa, o qual colocando na boca faziam suas advinhações. Yisrael, em sua Galut, diáspora, por lá, conheceram estas obras.

Um dos motivos que HASHEM teve para expulsar estas GOYIM (nações) de diante de Yisrael foi o fato delas terem todas estas ocupações esotéricas e estranhas ao verdadeiro serviço que ELE deseja receber/ter por parte dos homens.

Interessante, que estas práticas eram de fácil aceitação entre eles, na realidade de seus acontecimentos, já que no mesmo texto podemos receber claramente uma resposta de HASHEM quanto a isso:

"Porque estas nações (hagoyim) que hás de herdar ouvem os prognosticadores e os agoureiros;
Eles ouviam aos seus mestres espirituais, e com isso continuavam seguindo em seu enganoso sistema de adoração de ídolos vagos, que na verdade não tem força alguma, como sabemos pela boca dos profetas, nas ESCRITURAS.

Porém, ao Povo escolhido, HASHEM nos dá esta ordem:
"mas quanto a ti, HASHEM, teu Poderoso, não te permitiu tal coisa"
"Não te permitiu tal coisa.

Opa, agora surgiu uma luz: se a Yisrael, HASHEM não estava permitindo, é porque às nações era sim permitido..
Aqui, entra a compreensão, de que o texto de Shemuel se refere ao próprio profeta.
Não estou fazendo apologia ao espiritismo, mas sendo realista com a VERDADE da TORAH de HASHEM, entregue ao seu povo Separado.

Os povos estão iludidos não pelos 'demônios', nem por 'satanás', figuras estranhas ao TANAKH (Escrituras Hebraicas). Eles estão numa permissão que HASHEM dá para que com seu mesmo engano se tornem aquilo que tem dentro de si, e não se convertam Àquele que os pode salvar.

"Não te permitiu tal coisa"
Yisrael, não tinha esta permissão, assim como estava sem permissão de comer certos animais impróprios para consumo, assim como estava sem permissão de se casar com não-israelitas, entre outros.
Mas, que acontecia: comeram animais impróprios, casaram-se com estranhos ao povo, e evocaram mortos (aqui falamos de Shemuel)

Que foi que o SUPREMO ordenou?
"nem quem consulte os mortos (dor'sh el hamotim), porque é abominável à HASHEM todo aquele que faz estas coisas,... mas quanto a ti, HASHEM, teu Poderoso, não te permitiu tal coisa

Mas, o Rei Shaul não deu ouvidos à TORAH, não deu ouvidos a HASHEM.
Antes, preferiu seguir o caminho das nações, indo à mulher em En-Dor. As práticas, estão ao critério de HASHEM. Ele permite, ou não. Aqui entra o entendimento de sua SOBERANIA, que não pode ser de forma alguma discutida por ninguém, pois sua condenação é certa.

As nações praticam estas abominações até os dias de hoje, por não serem seguidoras do CRIADOR, e muito menos de Suas Instruções.


Dizer que a aparição de Samuel é um demônio disfarçado NÃO É CONCEITO JUDAICO. Engana-se quem está num meio religioso que defende tal conceito, quando o Judaísmo não autoriza isso. Quem está com este entendimento, infelizmente está contra a TORÁ, e isso se configura em IDOLATRIA.


Quem apareceu no episódio de EnDor foi realmente Samuel, e isso configura um CONCEITO JUDAICO.


Shalom alekhem! 20 de Av do ano 5770 da Criação.




sábado, 24 de julho de 2010

O Homem é IMORTAL?

Quem é o Homem?

“E Criou o PODEROSO, o homem à sua imagem, à imagem do PODEROSO o criou; macho e fêmea os criou. E abençoou-os o PODEROSO e disse-lhes: 'Frutificai e multiplicai, e enchei a terra e subjugai-a, e dominai sobre o peixe do mar e sobre a ave dos céus, e em todo animal que se arrasta pela terra'. E disse o PODEROSO: 'Eis que vos tenho dado todas erva que dá semente que se acha na face de toda a terra, e toda árvore em que há fruto de árvore que dê semente;a vós servirá para comer.”

Bereshit 1:27-29 (Gênesis)

Uma questão que há pouco tempo levantávamos numa sala virtual de estudos da TORÁ: o homem foi criado e feito ETERNO?

Como vemos nestes versículos, a palavra CRIOU, do Hebraico
ברא, Bará.


Ainda aqui não vemos a formação do homem, mas sua CRIAÇÃO, e segundo nos
ensina a Torah, "à sua imagem, à imagem do PODEROSO". Sabemos que D’’s é invisível, para nós, limitado a algo aproximado de RUACH,
do hebraico, vento, espírito, sopro, alento, respiração, inspiração. Bem, levando em consideração que o homem foi CRIADO à sua imagem, o foi então CRIADO primeiramente como RUACH, em sua essência, ou seja, foi CRIADO espírito,inspiração, primeiramente. Assim sendo, o homem foi CRIADO, como ensinam nossos sábios, e o vemos por este esclarecimento, IMORTAL. Mas, em que sentido?

Na sua essência primordial: "à imagem do PODEROSO"."Façamos homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança .


Lógicamente, que não em sentido de PODER, como é o CRIADOR, mas como CRIATURA, sendo neste aspecto semelhante ao DOADOR. Fomos criados a imagem (tselem) de Adon’y, não uma imagem física, pois TSELEM/Imagem se refere a algo não visível e que pertence a capacidade intelectual. O homem se assemelha ao Criador no fato de possuir uma natureza racional.

DEMUT/ Semelhança; é um substantivo derivado do verbo “Damot” (ser parecido) e também significa “semelhança” em relação à noção intelectual. A inteligência e a razão do homem são expressões da inteligência e razão do Eterno, Bendito seja. Por que foi criado IMORTAL? Sendo a tselem (imagem) do seu Criador, o homem tem a essência desta imagem.

Portanto, como criatura celestial, sempre foi IMORTAL, pois ele é DEMUT, parecido; ele é antes de tudo ESPÍRITO. Porém, é aqui entra o entendimento, aquele que morre neste mundo, volta ao ETERNO:

" o pó volte à terra como era, e o espírito volte a ELOHIM que o deu."

Qohelet 12:7 (Eclesiastes)

A ruach, aqui designada como o interior intelectual do Homem, volta para Aquele que é ETERNO, ou seja Aquele que VIVE. Tudo foi por ele CRIADO, e tudo a ele volta.

No entanto somos CRIADOS E FORMADOS. Aqui entra a diferença, e que nos faz sermos MORTAIS para este mundo, este sistema, através do corpo.


" E formou o ETERNO D’’s ao homem, pó da terra, e soprou em suas narinas o alento da vida, e foi o homem alma vivente."

Bereshit 2:7 (Genesis)

FORMOU.

A palavra usada aqui é
"itser", que quer dizer "formar", "plasmar", dar determinada forma a algo já existente. Ou seja, depois de criado pelo ETERNO ele foi formado, agora na estrutura que deveria ser seu ' lar', a Terra. Neste sistema de vida, ele ganha outros status, que, então, fará com que seja bem aceito no meio para o qual foi formado, e recebe a Nish’mat Hayim, aqui trazida como alento de vida, que lhe deu a vida num corpo. Sabemos que Hayim, é plural. Portanto, o primeiro homem, não recebeu somente sua vida, mas a vida de todos os homens, a qual transmitiu através de sua semente (Zérah).


Como podemos perceber, aqui no local de seu 'habitat', este novo ser deve seguir a ordem que o Criador dispõe, para que viva, em seu corpo: COMER. Isto manterá o homem VIVO.

"Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente que se acha na face de toda a terra, e toda árvore em que há fruto de árvore que dê semente; a vós servirá para comer". Bereshit 1:29

A vós servirá para COMER.” Ora, esta ordenação, é para a manutenção da vida. Algumas traduções trazem "vos será por alimento", ou "vos será para mantimento".

Mas, comer por que? Manter o quê? A vida do corpo, pois sabemos que a vida do Espírito só alimentamos com a Palavra do ETERNO. Portanto, a Torah nos tráz algo bem maior do que uma 'imortalidade' erroneamente pregada por aí. Ela nos conta que somos IMORTAIS, sim, em nosso ESPÍRITO, em nossa NESHMÁ (Nish’mut), porquanto fomos feitos Tselem e Demut, porém temos uma dormência desta no momento de nossa morte, quando então somos descansados em Nosso CRIADOR, Bendito seja. Fomos criados a partir D'Ele.

Porém, nossa matéria, foi FORMADA da Terra." Vaiitser H’Shem Elohim et haAdam afar min haAdamá". "E formou o ETERNO PODEROSO ao homem, pó da terra..."

Adam-- Adamá= Terra. Da terra sai Edom, que quer dizer vermelho, como a terra de que foi formado o Adam.

Mas, o interessante é que depois de ser formado, e receber seu Reino, Adam recebe a Instrução de que poderá comer de todas as ervas, e árvores que possuem semente. Ele ainda não havia pecado para que morresse, no entanto se não se alimentasse daqueles vegetais, certamente não seguiria em frente. A manutenção de sua vida dependia, sim de que comesse. No entanto, muitos pensam que ele só recebeu a morte quando pecou. Sabemos que a TORÁ é dos SHAMAYIM (céus), e assim sendo tudo nela eleva o homem ao Status Celestial. Quando o ETERNO dá a ordem de não se comer da árvore do conhecimento, ele não quer dizer que aquela árvore dará o conhecimento a ele (homem), mas que aquela árvore servirá de intermédio, para que possa também chegar à
Etz Chay, a Árvore da Vida.


"E ordenou o ETERNO D’’s ao homem dizendo:' De toda árvore no jardim, podes comer. E da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás dela, porque no dia em que comeres dela, morrerás".

Bereshit 2.16-17

Engraçado: se comer morre. Mas morre o que? o que é a morte de um infiel, senão sua separação do Altíssimo?

Porque, o comer desta árvore designava a desobediência, um muro de separação foi colocado entre o Criador e a Criatura. De toda árvore podia comer, e manter sua vida (corpo), porém comendo daquela morreria (sua alma elevada). Toda a beleza daquele jardim era do Rei Adam, no entanto foi infiel, e comeu, e teve conhecimento sem consentimento do PAI. Estava morto. Sua morte foi espiritual, e a prova disso foi que dali saiu 'vivinho da silva'. Claro, pois sua morte foi incluída no processo de formação, quando seu corpo débil, só seria mantido se comesse, e mais se comesse da Árvore da Vida:
E disse o ETERNO D’’s: 'Eis que o homem se tem tornado como um de
nós, para saber o bem e o mal. E agora, para que não estenda sua mão e tome também da árvore da vida e coma, e viva para sempre. "

Bereshit3:22

Ele sempre foi MORTAL em seu corpo, por isso a TORÁ menciona: para que não estenda sua mão e tome também da árvore da vida e coma , e viva para sempre.”

Então ele não viveria para sempre, se não comesse dela, o que realmente ocasionou que Adam viveu 930 anos e morreu. Por que morreu? Por comer a árvore do Saber, ou por não comer da Arvore da Vida? "..tome também da árvore da vida e coma , e viva para sempre". Somente viveria para sempre se comesse da Étz Chay. Comer da árvore do Conhecimento (Etz haDaat) o fez morrer para o ETERNO, determinou sua separação da Shechinah- a presença, que era diária, pois vemos que todo fim da tarde o CRIADOR os visitava (Bereshit 3: 8). A desobediência, foi o sinal do conhecer: eles
conheceram que fizeram um mal. Isso se dá, ao verem que estão nus, e se envergonham, mostrando assim a modéstia no vestir (2.25/3.7). Aí houve duas expectativas: uma obedecer, e o outro lado era a morte. Se o homem comesse da Árvore da Vida seria um pecador para sempre. Se não tivesse pecado, e comesse da Árvore da Vida, seria um fiel para sempre. No entanto, o CRIADOR, bendito seja, o colocou para fora, e guardou o caminho para a Árvore da Vida, para que o conhecimento dele não o fizesse comer dela e viver pecador para sempre. Não há menção alguma de que ele comeu deste fruto, e mesmo assim sua longevidade foi até quase mil anos.

Veja o que o ETERNO diz, sendo o homem no seu corpo MORTAL:

"..da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás dela, porque no dia em que comeres dela, morrerás"

NO DIA EM QUE COMERES nos dá claramente, no dia, não 930 anos depois, mas
NO DIA QUE COMERES. Pois bem, que acontecerá no dia que comeres:

"MORRERÁS". Naquele mesmo dia o homem morreu espiritualmente. Naquele
mesmo dia ele foi expulso do maravilhoso jardim para ele formado pelo CRIADOR. Ele separou-se do PAI pela transgressão de uma única ordem mundial: Não comer daquela árvore. Amigos, o homem foi CRIADO imortal em sua essência ESPIRITUAL. Em sua vida corporal, sempre foi MORTAL, dependendo de ter que comer da Ets Chay, para que "viva para sempre". A morte corporal, quando voltamos ao pó da terra, deixa com que nossa INSPIRAÇÃO PRIMÁRIA, nossa essência Tselem, Imagem vá novamente para aquele que a deu. No ETERNO, nossa Demut, Semelhança, DESCANSA. Por isso seremos despertados quando da ressurreição:


" Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno."

Daniel 12:2

O corpo desintegrado também descansa de onde saiu, da terra. Sabemos que a terra é inerte, mas Elohim Chay não. Ele é a vida, Ele é a fonte da Vida.


A questão científica a respeito de como o homem surgiu pode até dar um bom conhecimento de como os nossos ancestrais viviam, ou mesmo como evoluiram. Porém, quando nós, que temos reconhecido que pela CRIAÇÃO Elohut (divina), nos deparamos com a maneira da Ciência lidar com este 'mistério', temos de lembrar que a descrição da CRIAÇÃO e FORMAÇÃO através da TORÁ, no livro Bereshit (Gen) foi antes de tudo uma verdadeira revelação de H'Shem, Barukh Hu, ao grande Mestre Moshê.

Segundo a tradição judaica, Moshê escreveu alguns dos Livros Sagrados, porém o de Bereshit (Genesis) lhe foi ditado pelo CRIADOR. Ora, sendo desta forma a Ciência (conhecimento humano), de pura e total maquinária humana, sem nenhuma ação Elohut em sua composição, mas teorias fundadas a partir de uma experiência formal (descobertas, pesquisas, etc), temos que colocar o Saber conjuntamente.

Adam não foi feito numa 'civilização' como conhecemos. Ele não teve e nem passou (penso eu) em sua mente o que poderia a humanidade, sua descendência vindoura, 'fazer e acontecer'. Vemos, por exemplo, que há menos de 130 anos ao homem comum era impossível voar. E que a menos de 60 anos incomum ver o homem chegar à Lua. E a menos tempo ainda, se comunicar instantaneamente com alguém no outro extremo do globo terrestre. Ou mesmo explorar as profundezas do Mar, ou o 'quase' infinito do Universo. Porém, que dizemos hoje? As crianças de hoje riem, quando dizemos: " Poxa, mas era tão bom o tempo em que se escrevia uma carta". Eles (8,9,10 anos) se comunicam através da 'NET'. E nós? Será que um dia o homem inventará uma máquina de voltar, ou avançar no TEMPO? Quem sabe? Só ADON-Y o sabe. Assim, como somente Ele, que é Bendito, sabe se foram os filhos de Adam que são os conhecidos 'homens da Caverna'. Eu acredito que sim.

Vemos nos relatos da CRIAÇÃO do homem, a sua essência celestial, e depois sua condição humana, propriamente dita. O que a TORÁ nos quer demonstrar com essa narrativa, que o próprio PAI contou a Moshê, é realmente a dedicação alcançada pelos primeiros humanos, em relação ao CRIADOR. Apesar da relutante vontade de serem fiéis, e vemos pelas escusas que cada um teve, com relação à desobediência, eles caem na real: Estão 'mortos', e isso os leva a estarem separados do NOSSO CRIADOR. Vemos nas narrativas seguintes, a posterior descendência humana caindo em idolatria e esquecimento. Agora, contemos quanto tempo se passou, e vejamos onde o homem chegou: elimina o CRIADOR de todo o mundo e se aceita teorias que viraram uma
religião: o Acetismo.

Bem, quanto a demonstrar pelas Escrituras a teoria pré-adâmica isso eu não aprendi a fazer.
Sabemos que tudo que é racional, aqui na terra, um dia se acaba. Porém, se sabemos que a racionalidade vem do CRIADOR, esta será despertada no momento oportuno.

Portanto, o HOMEM criado por H’Shem é Imortal, e isso é CONCEITO JUDAICO.

Shalom!
Tu BeAv do ano 5770 da Criação!